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Concurso Público: STJ profere decisão importante sobre Inaptidão em Exame Médico

  • Foto do escritor: Rafael Souza
    Rafael Souza
  • 16 de jun. de 2024
  • 2 min de leitura

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Em uma decisão recente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), marcada pelo número de processo REsp 2077125, analisamos um caso que se tornou referência para candidatos a concursos públicos enfrentando desclassificações por condições de saúde. Este artigo visa esclarecer os pontos chave da decisão, incluindo a relevância do Tema n. 1.015 do Supremo Tribunal Federal (STF), e seus impactos para futuros candidatos.


Contexto do Caso


O caso envolveu uma candidata desclassificada de um concurso da Aeronáutica na fase de inspeção de saúde devido a uma condição de tireoide. A candidata, julgada inicialmente incapaz, questionou a decisão, alegando que sua condição estava sob controle e não afetava sua capacidade de desempenhar as funções requeridas.


Tema 1015 do STF e a Decisão Judicial


Durante o processo, a relevância do Tema n. 1.015 do STF foi crucial. Este tema foi julgado pelo STF para analisar a constitucionalidade de se exigir um período de carência para candidatos a cargos públicos que tenham se recuperado de doença grave. A tese firmada pelo STF declara que é inconstitucional a vedação à posse em cargo público de candidato que, embora tenha sido acometido por doença grave, não apresenta sintoma incapacitante nem possui restrição relevante que impeça o exercício da função.


Com base nesta interpretação, o STJ determinou a devolução do caso ao tribunal de origem para novo julgamento, refletindo a tese do STF. Isso reforça que as condições de saúde que não impedem funcionalmente o exercício do cargo não podem ser usadas para desqualificar candidatos.


Implicações da Decisão


Esta decisão é significativa por várias razões:


  1. Precedente Jurídico: Estabelece um importante precedente para casos semelhantes, sublinhando a necessidade de aplicar os princípios de razoabilidade e proporcionalidade nas avaliações médicas em concursos públicos.

  2. Proteção aos Direitos dos Candidatos: Reforça os direitos dos candidatos de não serem desqualificados por condições de saúde que não interfiram com suas capacidades funcionais.

  3. Revisão de Normas e Critérios: Encoraja a revisão de normas e critérios em editais de concursos, para garantir que sejam justos e não discriminatórios.


Conclusão


Para candidatos enfrentando desafios similares, é crucial estar informado sobre seus direitos e as interpretações jurídicas recentes que os apoiam. Candidatos que foram desclassificados sob circunstâncias similares podem considerar buscar reassessmento jurídico, baseando-se em decisões como a do REsp 2077125 e na interpretação do Tema 1015 do STF.


A decisão sublinha a importância de avaliações justas e equitativas no processo seletivo, assegurando que todos os candidatos tenham oportunidades iguais, independentemente de condições de saúde que não afetam suas habilidades de desempenhar efetivamente no cargo pretendido.

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Rafael Costa de Souza Sociedade Individual de Advocacia

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